O Pix — sistema brasileiro de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central (BC) — alcançou uma marca de destaque global no mês de abril, de acordo com dados divulgados pelo próprio BC e sistematizados pela pesquisa Prime Time for Real-Time Report, feita pelas empresas especializadas ACI Worldwide e GlobalData.
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Lançado em outubro de 2020 e com menos de três anos de funcionamento, o Pix alcançou enorme relevância no cenário econômico brasileiro, sendo responsável por 29% de todas as transações registradas no Brasil em 2022, de acordo com dados divulgados pelo BC.
A adesão ao Pix foi bastante imediata, reunindo mais de 523,2 milhões de chaves cadastradas — lembrando que cada pessoa pode registrar até cinco e as empresas, até 20 chaves, como CPF ou CNPJ, celular e e-mail.
Somente em 2022, foram movimentados R$ 7 trilhões com o Pix, outro número que comprova a força e crescimento do sistema brasileiro de pagamentos instantâneos – que também alcançou resultados expressivos nos parâmetros internacionais.
Com 29,2 bilhões de transações no ano de 2022, o Pix deteve 15% das operações desse tipo em todo o planeta, tornando-se o segundo sistema de pagamentos instantâneos mais utilizados do mundo, ficando atrás apenas da Índia, que registrou 89,5 bilhões de operações de transferências instantâneas no ano passado.
Segundo a lista da Prime Time for Real-Time Report, a China aparece em terceiro lugar no ranking de pagamentos instantâneos, com 17,6 bilhões de transações, seguido pela Tailândia (16,5 bilhões) e Coreia do Sul, que alcançou a marca de 8 bilhões de transações em 2022.
Mesmo com a predominância da Índia — país que recentemente se tornou o mais populoso do mundo, com 1,4 bilhão de habitantes — nas transações instantâneas, o Pix apresentou uma expressiva aceleração em 2022, com um aumento de 228,9% nas transações, contra alta de 76,8% no sistema indiano de pagamentos.
De acordo com o BC, a taxa de crescimento elevada reflete o sucesso da implementação do Pix no Brasil, que modificou a estrutura financeira do país ao oferecer maior facilidade e comodidade para pagamentos e transferências.
“Ao mostrar um panorama internacional, o trabalho evidencia o quanto o Pix é uma política pública bem-sucedida e que está impactando positivamente a sociedade, trazendo eficiência e redução de custos para o país, e transformando a vida de milhões de pessoas e empresas”, pontuou a assessora sênior do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro (Decem) do Banco Central, Mayara Yano, em comunicado divulgado pelo órgão.
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Perspectivas para o futuro
Ainda de acordo com a pesquisa da ACI Worldwide e GlobalData, o número de transações instantâneas no planeta irá passar de 195 bilhões em 2022 para mais de 511 bilhões em 2027, fazendo com que os sistemas instantâneos correspondam por 27,8% de todos os meios de pagamentos eletrônicos do mundo.
Cumprindo um papel de protagonista com o Pix, o Brasil poderá alcançar passos ainda maiores nos próximos anos, segundo os especialistas do mercado financeiro. A ideia de um “Pix Internacional” é vista com bons olhos no setor, o que poderia elevar ainda mais a participação do Brasil no cenário econômico global.
Outro dado apresentado mostrou que, no ano de 2027, cada brasileiro com mais de 15 anos deverá fazer, em média, cerca de 51,8 operações por Pix a cada mês, superando países como Coreia do Sul e Estados Unidos, onde os sistemas de pagamentos instantâneos são utilizados há mais tempo.
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