Qual a relevância da cibersegurança para as fintechs e como as medidas de proteção digital ajudam empresas e usuários a evitarem fraudes digitais e golpes? Descubra neste artigo da ABFintechs o que é cibersegurança e de que forma as normas de proteção de dados garantem, além do cumprimento de aspectos regulatórios, a segurança digital dos clientes e das próprias fintechs. Boa leitura!
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O que é cibersegurança?
De forma resumida, a cibersegurança pode ser definida como um conjunto de ações e técnicas utilizadas para proteger sistemas, programas, redes e equipamentos de invasões. Dessa maneira, é possível proteger dados valiosos, servidores, senhas e transações financeiras de ataques cibernéticos, responsáveis por causar prejuízos financeiros, regulatórios, de imagem e reputação para as empresas.
Para se ter uma ideia, em 2022, foram registrados impressionantes 103,1 bilhões de ataques cibernéticos somente no Brasil, de acordo com pesquisa realizada pela empresa de segurança digital Fortinet. Com os números, nosso país ocupa a segunda colocação no ranking das nações latino-americanas que mais sofreram tentativas de intrusão, ficando atrás apenas do México (187 bilhões de tentativas).
Destruição de sistemas de dados, ataques ao supply chain, danos à reputação da marca, perda de clientes e, claro, rombos financeiros: a lista de prejuízos para as vítimas dos ataques cibernéticos é extensa. Em consequência desse cenário, mais da metade das empresas brasileiras pensa em investir em cibersegurança, de acordo com levantamento feito pela Deloitte Brasil.
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Importância da cibersegurança nas fintechs
O crescimento das fintechs, a implementação do Pagamento Instantâneo (PIX), a chegada do Open Finance e diversos outros fatores trouxeram diversos desafios de cibersegurança para o setor. Desde 2018, o Banco Central (BC) estabeleceu, por meio da Resolução n° 4.658, que as instituições financeiras autorizadas devem implementar a política de segurança cibernética.
Por realizar inúmeras transações monetárias diariamente e manter governança de dados pessoais e financeiros confidenciais, as fintechs costumam ser um dos alvos mais procurados pelos cibercriminosos, que buscam realizar ataques aos sistemas de pagamento, investimentos, criptomoedas, seguros, câmbio e muitas outras frentes de atuação das fintechs.
Entre os principais processos que envolvem a política de cibersegurança para as fintechs, estão: planos de ação e respostas a incidentes; implementação de processos e controles de cibersegurança; gerenciamento de riscos de fornecedores; assessment de risco cibernético; requisitos para avaliação de segurança de provedores; gestão de vulnerabilidades, entre outros.
Além disso, as leis de privacidade, como a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) também exigem medidas robustas de cibersegurança para as fintechs protegerem-se de ataques e vazamento de dados, devido ao alto volume de dados pessoais e sensíveis de clientes. Dessa maneira, a LGPD induz as fintechs a se desenvolverem com base em aspectos como transparência, responsabilidade, prestação de contas e consentimento.
Ou seja, apesar de conhecidas por desburocratizar e tornar os processos financeiros mais ágeis e práticos por meio da tecnologia, as fintechs também devem se empenhar em combater os ataques cibernéticos e estarem em conformidade com as regulamentações para conseguirem operar seus serviços e se desenvolverem de maneira adequada e sustentável.
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