O ano de 2023 deverá trazer grandes mudanças no setor de tecnologias financeiras com o Real Digital, a nova moeda digital oficial do Brasil, que teve seu projeto-piloto iniciado pelo Banco Central, conforme anunciado no início de março.
Segundo o BC, a fase de testes e desenvolvimento do Real Digital deverá durar até fevereiro de 2024, com o lançamento ao público previsto para o final do referido ano.
Mas o que podemos esperar do Real Digital? Para quem será direcionado sua utilização? Existe alguma semelhança dessa nova moeda digital com as já consolidadas criptomoedas?
Para te ajudar a entender melhor sobre o assunto, a ABFintechs preparou esse artigo com os principais tópicos sobre o Real Digital e o que podemos esperar sobre o assunto — confira:
O que é o Real Digital?
De acordo com o próprio Banco Central, o Real Digital será uma extensão da moeda física brasileira, com distribuição ao público intermediada pelos bancos e instituições de pagamento, com a custódia total do Banco Central. Com foco nas transações financeiras, o Real Digital também poderá ser trocado pelo real tradicional, e vice-versa.
A cotação do Real Digital frente a outras moedas será a mesma, mas não será permitido aos bancos emprestarem a terceiros esses recursos, como geralmente acontece com o real físico.
Além disso, não haverá correção automática dos recursos, ou seja, não existirá remuneração para quem possuir o Real Digital, diferentemente do que ocorre com as criptomoedas. Por outro lado, existirá total garantia da segurança jurídica, cibernética e privacidade nas operações.
A intenção do Banco Central é que o Real Digital — pertencente ao grupo das CBDC (Central Bank Digital Currency) — faça parte do cotidiano da população, podendo ser utilizado em pagamentos, compras, transações e investimentos, entre outros.
Uma das vantagens, inclusive, é a possibilidade de usar o Real Digital em qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de conversão por meio dos bancos, o que também irá reduzir a emissão de papel-moeda.
Ainda segundo o Banco Central, a utilização do Real Digital deverá inibir a lavagem de dinheiro e estimular a inovação e concorrência no ambiente financeiro virtual, estimulando fintechs a desenvolverem produtos e soluções cada vez mais eficientes para o público em geral.
Diferença entre o Real Digital e criptomoedas
Em diversas oportunidades, o Banco Central já deixou claro que o Real Digital não será uma criptomoeda, mesmo que as características exatas da tecnologia ainda não foram totalmente definidas. Entre as principais diferenças, está o fato de que as criptomoedas são privadas, possuindo características de investimentos.
Mesmo assim, já sabemos que alguns dos serviços financeiros que nasceram com os criptoativos deverão ser espelhados para o Real Digital. Uma das semelhanças é a existência de uma rede onde esse ativo irá trafegar, que deverá ser inspirada no Ethereum (ETH) — por conta da capacidade de emitir tokens e por conta da compatibilidade com contratos inteligentes.
Porém, se no Ethereum as transações são verificadas por uma rede aberta e descentralizada, onde qualquer pessoa pode participar, o Real Digital terá sua validação feita somente por agentes autorizados pelo BC, como os próprios bancos, instituições financeiras e fintechs.
Quais os próximos passos do Real Digital?
Como citado anteriormente, a fase de testes do Real Digital deverá durar até fevereiro de 2024. A partir de março do ano que vem, segundo o Banco Central, será realizada uma etapa de avaliação antes do lançamento oficial ao público, que deve acontecer no final de 2024.
Ainda de acordo com o BC, os testes — que incluirão as principais instituições financeiras do Brasil — serão feitos com o objetivo de garantir total transparência, efetividade e economia com a utilização do Real Digital após o lançamento oficial.
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