Recentemente, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, revelou que o órgão está desenvolvendo um “super app” — um novo aplicativo que terá como principal função centralizar todos os produtos financeiros para pessoas físicas e jurídicas no país.
Por meio do super app do Banco Central, será possível visualizar de forma integrada quatro principais elementos financeiros: Pix, Open Finance, Internacionalização da moeda e o Real Digital, sistemas que representam a inovação na era financeira do Brasil.
“Ninguém vai ter cinco aplicativos de banco no celular, não faz o menor sentido isso. Você vai ter um, que vai integrar tudo. Em algum momento, não terá um app do banco A, B ou C, e sim o que chamamos de agregador”, afirmou Campos Neto, durante entrevista coletiva feita em evento promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV).
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O presidente do BC também destacou outras funcionalidades do super app. “É basicamente um lugar onde você concentra todos os seus produtos financeiros, integrados. E os produtos vão puxar automaticamente os dados de todos os bancos. Os investimentos, por exemplo, serão ‘calibrados’ com o que você tem em todas as corretoras”, disse.
“Se quiser fazer um Pix, a pessoa vai decidir entre débito ou crédito. No caso do débito, [o agregador] mostrará o saldo em todos os bancos onde ela tem conta. Já no crédito, aparecerá a linha que tem em cada banco”, pontuou o presidente do BC, citando outras soluções que o super app deverá trazer para os brasileiros.
Ainda segundo Campos Neto, o super app contará com uma espécie de cash management, uma maneira de estimular a organização financeira para pessoas físicas.
“Você vai apertar um botão e terá toda a posição consolidada, com todos os pagamentos, assim como [o agregador] poderá sugerir, por meio de contato com todas as plataformas, qual a melhor coisa para otimizar seu fluxo”, explica.
Além de benefícios para as pessoas físicas, as empresas também ganham em eficiência e conveniência, já que economizam tempo ao não precisarem acessar diferentes plataformas e sistemas para obter informações financeiras atualizadas. Dessa maneira, acabam melhorando também o gerenciamento de seus recursos e tomada de decisões.
Monetização dos dados
Além de reunir todos os dados bancários em um super app, a ideia do Banco Central é unir as informações de uma pessoa em uma carteira de dados financeiros, permitindo acumular dados para, em algum momento, trocá-los por tokens e ganhar dinheiro com isso.
“Aí tem um ponto muito importante, que eu acho que não vai ser no curto prazo, mas acho que a gente vai conseguir fazer no médio prazo, que é [permitir que] as pessoas [possam] monetizar seus próprios dados”, disse Campos Neto, explicando o intuito da ferramenta que será incluída no super app.
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Ainda segundo informações do Banco Central, não há previsão de lançamento do super app, mas o órgão já trabalha em uma agenda para integrar os principais sistemas e elementos financeiros, visando o desenvolvimento da nova plataforma.
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