Implementado no Brasil em 2020, o Open Finance, modelo bancário aberto que permite o compartilhamento de dados entre instituições financeiras, segue caminhando a passos largos para alcançar novos patamares no sistema financeiro nacional.
Apontado como uma tendência transformadora por especialistas no mercado financeiro, o Open Finance iniciou em outubro de 2023 uma nova fase, conforme anunciado pelo Banco Central (BC). Agora, os clientes das instituições financeiras participantes do Open Finance podem compartilhar seus dados de investimentos com diferentes empresas.
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“Um dos possíveis benefícios é maior facilidade e agilidade para consolidar os dados de investimentos dispersos em várias instituições custodiantes, que intermedeiam operações de compra e venda de ativos”, explica, em nota, Matheus Coradin, assessor do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do BC.
Além disso, outro benefício aos clientes será a possibilidade de receber melhores ofertas em termos de rentabilidade, com um aconselhamento mais preciso sobre a gestão de sua carteira de investimentos.
Ações, LCA, CDB, cotas de fundos de investimentos, títulos públicos federais e muitos outros produtos poderão ter suas informações compartilhadas entre as instituições por meio do Open Finance.
Na chamada primeira onda do Open Finance, o BC se concentrou em melhorar os processos de crédito e oferecer benefícios aos clientes interessados em obter taxas e condições mais favoráveis.
Já a segunda onda deverá contemplar novas aplicações e combinações entre soluções bancárias e fintechs, alcançando um impacto significativo no setor financeiro.
Afinal, a democratização do acesso a dados e informações por parte de instituições menores irá abrir caminho para novas e inovadoras soluções financeiras, impulsionando o setor das fintechs como um todo.
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Estrutura de governança do Open Finance
Outra definição que acontecerá ainda em 2023 será a respeito da estrutura de governança do Open Finance no Brasil, de acordo com a Chicago Advisory Partners, consultoria que responde por secretariado, camada administrativa e gestão da infraestrutura tecnológica do sistema.
Atualmente, os custos da infraestrutura necessária para a operação do Open Finance são divididos de acordo com o patrimônio líquido dos integrantes, fazendo com que as grandes instituições financeiras arquem com quase 80% do valor total.
Agora, os grandes bancos sugeriram rever a conta, propondo que os custos sejam divididos de acordo com o número de clientes que uma instituição possui no Open Finance.
Crescimento da adesão ao Open Finance
Mesmo com algumas divergências, o Open Finance já é considerado um case de sucesso, além de ser apontado como um dos sistemas de compartilhamento de dados financeiros mais avançados do mundo.
Tanto que, em setembro deste ano, a Chicago Advisory Partners conquistou o prêmio Innovation Digital Banking, da revista britânica The Banker, na categoria open banking.
Aos poucos, o Open Finance vai se consolidando como um sistema confiável, seguro e altamente benéfico para clientes, empresas, fintechs e instituições financeiras.
Segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Open Finance registrou 40 milhões de consentimentos ativos em setembro de 2023, número 90% superior aos 21 milhões registrados em janeiro.
Assim como o Pix, a expectativa dos especialistas financeiros é que o Open Finance assuma um protagonismo no sistema econômico nacional, trazendo novas possibilidades e oportunidades para os participantes do modelo bancário aberto.
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