Um dos segmentos do mercado financeiro que mais cresce no país é o cooperativismo de crédito, que alcançou números impressionantes em 2022, segundo dados divulgados pelo Banco Central do Brasil (BC). No final do ano passado, o setor apontava R$ 383 bilhões de crédito fornecido, um crescimento de 22% em comparação a 2021.
Além disso, o número de cooperados alcançou a marca de 16 milhões de pessoas, que juntas realizaram mais de R$ 358 bilhões em depósitos em 2022, um aumento de 30% em comparação ao ano anterior.
Com a ascensão paralela das fintechs e das soluções financeiras digitais que revolucionam o setor financeiro em todo o mundo, o cooperativismo de crédito foi diretamente beneficiado, já que as cooperativas passaram a explorar todas as possibilidades que o crédito digital tem para oferecer.
O que é cooperativismo de crédito?
O cooperativismo de crédito é definido como um sistema financeiro cooperativo, nos quais os membros trabalham juntos para fornecer e prestar serviços financeiros exclusivamente aos seus associados.
Os associados, que usufruem da condição de donos da cooperativa, participam ativamente da gestão, ao contrário de clientes de bancos e instituições financeiras tradicionais.
Dessa maneira, os associados contam com serviços diferenciados e personalizados, com taxas de juros mais baixas que facilitam a inclusão de pessoas com recursos limitados, como microempreendedores e pequenos produtores rurais, entre outros perfis.
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As cooperativas de crédito não possuem fins lucrativos, um dos motivos que fazem as taxas e serviços serem mais acessíveis e competitivos do que os bancos tradicionais.
Além disso, as chamadas sobras também são repartidas entre os sócios, na proporção estabelecida pela cooperativa, muitas vezes referente à movimentação que cada associado realizou no período.
“As cooperativas oferecem produtos e serviços financeiros aos cooperados da mesma forma que um banco. A diferença é que, além de não ter por finalidade a geração de lucros, o modelo de negócios da cooperativa é de uma sociedade de pessoas, ela pertence aos seus usuários.”, afirma Harold Espínola, chefe do Departamento de Supervisão de Cooperativas e Instituições Não Bancárias (Desuc) do Banco Central do Brasil.
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O papel das fintechs no crescimento do cooperativismo de crédito
Em meio a juros altos e a necessidade de uma nova dinâmica para o mercado, a oferta de crédito digital passou a adotar novas variáveis e soluções, impactando positivamente nas cooperativas de crédito e na vida financeira de seus associados, oferecendo atendimento personalizado, ferramentas digitais e tecnologias que possibilitam uma digitalização do acesso ao crédito.
“Com o surgimento de marketplaces e fintechs de crédito, a oferta de crédito se tornou mais acessível, customizável e alinhada com as necessidades momentâneas dos clientes, sem que houvesse o aumento de custo, taxas e tarifas”, afirma Diego Perez, presidente da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), em entrevista ao portal MundoCoop.
Com os expressivos números alcançados nos últimos anos e a retomada gradual da economia após a crise econômica e a pandemia, a expectativa é que a oferta de crédito digital pelas cooperativas siga em ascensão, promovendo novas soluções e oferecendo ainda mais benefícios e diferenciais para seus associados e para a comunidade como um todo.
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